Há seis anos senti uma dor tão grande que nunca mais esqueci. Logo tinha de calhar no dia do Pai(por que continua a ser tão dificil dizer a palavra Pai?). A partir daquele dia nunca mais fui a mesma pessoa. Vivi dias muitos complicados...dias em que pensei que não sobrevivia à dor, à partilha de emoções, de vidas. Eu que sou tão calada, vi-me rodeada de "pessoas" que queriam a toda a hora saber coisas sobre mim. Claro que passava os dias calada, era eu e a minha carapaça.
Apenas poucas pessoas sabem ao pormenor tudo o que vivi. Escrevi num diário toda esta aventura. Tal como todas as aventuras, esta também teve um fim. Não sei dizer se felizmente ou infelizmente. Só quem vive os dias como eu vivo, sabe responder. Posso ser forte todos os dias, mostrar que estou bem, mas no fundo quem sabe como estou é o meu coração.
A todas as "colegas" desta aventura, a todas as "pessoas" que queriam saber o meu dia-a-dia, a todas as amigas, à minha mãe, ao meu maninho e também ao meu pai, UM MUITO OBRIGADA!
Queridas "colegas", neste dia, vou recordar as nossas conversas, as nossas massagens, os nossos sentimentos de tristeza, as nossas conversas realistas, a cumplicidade que houve entre nós, os desabafos, as queixas que fizeram dos nossos comportamentos incorrectos (para nós TÃO correctos), das nossas rotinas, das lágrimas (muitas, MUITAS) que vimos cair nos momentos delicados...Sabem bem que NUNCA vou esquecer os nossos momentos. Somos como família!Para mim vocês são as minhas Irmãs Guerreiras.
Às "pessoas" que queriam saber o meu/nosso dia-a-dia, obrigada pela paciência. Sei que não foi fácil cuidar de mim. De todas as "pessoas" que guardo no meu coração, fica aqui a lembrança de uma em especial...OBRIGADA Drª Sónia. A senhora é uma grande mulher, uma grande médica, e esteve sempre presente nos bons e maus momentos.
Amigas, OBRIGADA pelo carinho, pelos postais, pelas visitas!
Família, apesar de nunca o dizer, vocês são o meu porto de abrigo. Aquelas reuniões semanais eram complicadas mas com vocês era tudo mais fácil.
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